Avaliação e prevenção de agravos em pacientes com pé diabético atendidos na Estratégia de Saúde da Família de Santa Maria- RS

Abstract

Introdução: A Unidade Básica de Saúde Kennedy localiza-se no bairro Salgado Filho no município de Santa Maria - RS. A ESF 24 atende uma população de 1800 habitantes. Apesar da UBS localiza-se a 2,7km do centro da cidade a área que ela abrange é considerada vulnerável, pois abriga uma população pobre e de pouco estudo. As patologias mais frequentes de procura médica são as doenças crônicas como diabetes mellitus tipo 2 e hipertensão arterial sistêmica. Percebeu-se então que muitos pacientes portadores do DM2 apresentavam descompensação da doença levando o mesmo a obter muitos agravos em decorrência de tal evento. Pensando nessas consequências a equipe discutiu e elencou várias formas de intervir nesses ciclos como educação e prevenção de agravos entre eles a prevenção precoce do pé diabético, pois pode-se evitar uma futura amputação do membro se realizado intervenção precoce, como controle glicêmico e avaliação do pé periodicamente. Objetivo geral: Diminuir as complicações decorrentes do pé diabético nos pacientes acompanhados na Estratégia de Saúde da Família. Metodologia: A intervenção será realizada pelos profissionais da Estratégia Saúde da Família Kennedy equipe 24 com todos os pacientes diabéticos tanto do tipo 1 quanto do tipo2 cobertos pela mesma, sendo 2 vezes na semana na própria unidade de saúde entre dezembro de 2020 à fevereiro de 2021, em grupos de 20 participantes recebendo educação em saúde além da avaliação do risco do pé diabético. A avaliação da sensibilidade dos pés será feita com o monofilamento de 10g, a palpação dos pulsos pedianos e tibiais posteriores, e os reflexos tendinosos (tendão de Aquiles), além da solicitação da hemoglobina glicada. Após avaliação e estratificação dos diabéticos, os pacientes serão direcionados para os seus acompanhamentos (retornos para reavaliação) e/ou encaminhamentos ao demais níveis da atenção à saúde. Resultados esperados: Acredita-se que a adoção dessa intervenção poderá levar o paciente diabético a compreender a necessidade do autocuidado e as mudanças no seu comportamento objetivando um controle de sua doença de base levando a uma melhor qualidade de vida e diminuição de suas complicações. Espera-se que haja uma diminuição das complicações com os pés diabéticos em decorrência do rasteio precoce dos mesmos; a um maior número de pacientes com DM controlados; pacientes que já apresentam perda da sensibilidade plantar sendo tratados e acompanhados adequadamente evitando futuras amputações. Além disso, com a realização deste trabalho, espera-se que a estratégia de saúde da família consiga se organizar para manter essa atuação voltada a tais pacientes, de forma constante.