Diagnóstico social de transtornos psiquiátricos no contexto da Atenção Primária em Saúde

Abstract

Introdução: A saúde mental tem emergido na assistência em saúde como uma dimensão humana vital, ao passo que o transtorno mental e de comportamento consiste em distúrbios psicológicos e comportamentais que acabam interferindo nos processos de relacionamentos interpessoais e laborais. Logo, a saúde mental tem sido cada vez mais estudada e inserida na realidade dos médicos da estratégia de saúde da família. Objetivo: Conscientizar a população da UBS de Santa Maria sobre a prevalência e a importância do tratamento dos transtornos psiquiátricos. Metodologia: Trata-se de um projeto de pesquisa de abordagem qualitativa, calcado no método da Etnografia. O estudo de campo será desenvolvido em 12 meses entre os anos de 2020 e 2021, no Centro de Saúde Santa Maria localizado na zona rural no município de São Mateus, no estado do Espírito Santo. Os dados dessa pesquisa serão coletados através de notas de campo oriundos da observação participante do pesquisador principal, bem como dados documentais de prontuários e ação conjunta aos agentes comunitários de saúde para convocar os usuários do serviço com sofrimento psiquico e repercussões na vida laboral para uma consulta clínica. A amostra será composta por 133 jovens, com faixa etária entre 18 e 30 anos, com história de carga de trabalho excessiva, depressão, ansiedade ou síndrome do esgotamento profissional, com consequente transtorno de estresse pós-traumático e alcoolismo crônico. Resultados esperados: O estudo em questão irá avaliar ao condições e tipos de trabalho que mais causam debilidade laborativa aos jovens em questão podendo os empregadores serem alertados para terem o mínimo de funcionários afastado por condições psicopatológicas. Ainda, ao analisar o diagnóstico social da comunidade, iremos conseguir propor soluções mais direcionadas à esses trabalhadores para não virem a apresentar transtorno psiquiátricos com consequente debilidade laborativa e desenvolver hábitos de vida prejudiciais. Ao identificar o problemas dos pacientes, podemos iniciar uma abordagem multiprofissional para o controle das comorbidades envolvendo desde o agente comunitário para incentivar esses paciente a marcarem suas consultas e manter seu tratamento até o CAPS para um tratamento mais direcionado, principalmente nos casos recidivantes ou com multiplas comorbidades em que traz perigo inclusive à vida.