Educação em saúde sobre a saúde sexual e reprodutiva com adolescentes: intervenções na Atenção Primária

Abstract

Introdução: A fase da adolescência é caracterizada como um período de intensas mudanças biopsicossociais, o que pode elevar a vulnerabilidade dos jovens ao adoecimento, sobretudo pela negligência no autocuidado, iniciação sexual precoce, bem como a adoção de comportamentos de risco, como relações sexuais sem o uso de preservativo, que podem desencadear infecções sexuais tramissíveis e gravidez indesejada/não planejada. Objetivo: Realizar educação em saúde sobre a saúde sexual e reprodutiva com adolescentes. Método: O estudo foi organizado a partir dos preceitos do Planejamento Estratégico Situacional, com identificação e priorização dos problemas existentes e análise dos determinantes do problema priorizado. O projeto de intervenção tem como cenário a comunidade assistida pela Unidade Básica de Saúde Bairro São Francisco, no município de Campo Erê, Santa Catarina. Ao identificar a existência de gravidez indesejada/não planejada e casos de Infecções Sexualmente Tranmissíveis entre os adolescentes acompanhos pela unidade de saúde referida, foram estruturadas ações de educação em saúde, a serem realizadas entre os meses de fevereiro e abril de 2021, com três atores sociais: pais, professores e adolescentes. Pretende-se efetivar: rodas de conversa com pais e professores de adolescentes entre 12 à 19 anos; palestras com adolescentes de 12 à 19 anos; e a implementação de uma "sala de cuidado", um ambiente reservado no espaço escolar, para os adolescentes que se sentirem confortáveis em tirarem dúvidas, para aconselhamento, fazerem testagem rápida para IST, procura por método de prevenção e atualização do esquema vacinal. Serão responsáveis pelas ações, profissionais da Estratégia Saúde da Família e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família que atuam na Unidade Básica de Saúde Bairro São Francisco. Resultado esperados: Proporcionar espaço para a contrução do conhecimento sobre a temática entre pais, adolescentes e professores. Espera-se que a partir dos conhecimentos contruídos, os pais e professores acolham e dialoguem com adolescentes, quando estes buscam conversar sobre a saúde sexual e reprodutiva, e que os adolescentes sintam-se empoderados para tomada de decisões autonomas e responsáveis no cuidado a sua saúde. Ao se propor a estruturação da sala de cuidado, espera-se consolidar um espaço voltado ao adolescente, com ações de orientação individualizada e vigilância em saúde.